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domingo, 11 de novembro de 2012

NEGOCIAÇÃO SALARIAL AVÍCOLAS 2012/2013


PATRÕES DESRESPEITAM TRABALHADORES E “OFERECEM” ZERO DE AUMENTO SALARIAL

Empresários querem esperar até maio de 2013 para reiniciar negociação salarial do setor



Rui Amaro Gil Marques
Da Secretaria de Comunicação da FTIA PR



       Se não fosse verdade pareceria uma piada. Piada daqueles de muito mau gosto por sinal. Na primeira rodada de negociação salarial realizada dia 08 de novembro na DRT de Curitiba, local escolhido pelos patrões, eles já demonstraram como vai ser enrolada esta nossa Campanha Salarial dos trabalhadores e das Trabalhadoras das Avícolas.

       Devemos ressaltar que nem apareceram para este inicio de discussão. Talvez com receio de ter que enfrentar a revolta dos dirigentes sindicais presentes com essa tamanha falta de respeito, enviaram seus advogados munidos de argumentos frágeis e de inverdades, numa tentativa de enganar o representante da DRT que mediou a reunião.

             Os representantes dos trabalhadores presentes a reunião ficaram indignados com a proposta patronal posta na mesa pelos advogados das empresas:  ZERO DE AUMENTO DE SALÁRIO ATÉ MAIO DE 2013.  Mais uma vez, na maior cara de pau, os patrões demonstram o quanto respeitam e valorizam os trabalhadores que lhes carregam nas costas todos os dias para que os seus lucros cresçam apesar de todas as crises que o setor já enfrentou.

               Para piorar o que já estava ruim ainda tiveram a coragem de afirmar que a discussão da Norma Regulatória dos Frigoríficos e Avícolas, a NR dos Frigoríficos como é conhecida, elaborada numa comissão tripartite com representantes dos trabalhadores, empresários e do governo para proteger a saúde dos trabalhadores, irá prejudicar as empresas. Ou seja, para eles a saúde dos seus funcionários que se dane, mais importante é o lucro nem que para isso adoeçam, sofram acidentes e fiquem mutilados e incapacitados para o trabalho ou até mesmo morram milhares de pais e mães de famílias. Esta é a verdadeira face do setor avícola brasileiro, a face da ganancia desmedida, do desrespeito para com o ser humano e da hipocrisia pura e criminosa.

        O presidente do Sindicato dos Empregados nas Indústrias de Alimentação de Umuarama e região (SEIA), Adenilson do Amaral, popularmente conhecido pelos trabalhadores pelo apelido de Zinho, afirmou durante a reunião que “quando as empresas vão bem os patrões não dividem os seus lucros com os funcionários, mas quando aparece uma crise logo vem com essa conversa fiada de não dar aumentos salariais e cortar benefícios para aumentar ainda mais os seus lucros gerados pelo suor dos trabalhadores. Isto nós não vamos aceitar, se for necessário vamos para as fábricas, vamos fazer greve”, finalizou.

               Ficou agendada uma nova reunião na DRT de Curitiba para o dia 12 de novembro. Já confirmaram presença representantes dos sindicatos dos trabalhadores do setor dos seguintes municípios e regiões: Arapongas/Rolândia, Apucarana, Ponta Grossa, Castro/Carambeí, Curitiba, Toledo, Francisco Beltrão, Dois Vizinhos, Cascavel, Jaguapitã, Porecatu,Marechal Cândido Rondon, Cianorte, Umuarama e Jacarezinho, além da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Paraná (FTIA PR).   Esperamos que nessa próxima rodada de negociação os patrões criem coragem e vergonha na cara e compareçam, afinal são eles os responsáveis pela administração de suas empresas e não os seus advogados que nada entendem do assunto.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

CAMPANHAS SALARIAIS 2012: TRABALHADORES ESQUENTAM OS MOTORES!


Federação e sindicatos iniciam Campanhas Salariais 2012

Primeiras negociações deste ano são das Panificadoras, Torrefação de Café e Açucar
Patrões já demonstraram que farão jogo duro mais uma vez




Rui Amaro Gil Marques
Da Assessoria de Comunicação da FTIA PR e sindicatos filiados



A Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Paraná (FTIA PR) já deu inicio aos preparativos junto aos sindicatos filiados para organizar as mobilizações das primeiras Campanhas Salariais de 2012.

Para isso foram realizadas reuniões com representantes dos sindicatos do setor de Alimentação de todas as regiões do estado que compõem a FTIA PR para mapear a situação dos trabalhadores e trabalhadoras das categorias com Data-Base em abril/maio, torrefação e moagem de café e panificação.

De acordo com o presidente da FTIA, Ernane Garcia, como em anos anteriores as entidades sindicais estão fazendo um levantamento sobre a situação de cada categoria profissional em suas bases para, com o auxílio do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-econômicos) conseguirmos chegar aos índices que possibilitem a manutenção do poder de compra dos salários dos trabalhadores do setor de Alimentação com data-base no começo do ano.


Açúcar

Já foi realizada em Maringá, na sede da Siapar (sindicato patronal do setor açucareiro) a primeira rodada das negociações salariais do setor. Os patrões receberam dos sindicalistas as principais reivindicações dos trabalhadores. Dede 2008 que os patrões não assinam a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com as entidades representantes dos trabalhadores.  Uma nova reunião foi agendada ainda para o mês de maio.


 Torrefação

Também já aconteceu a primeira rodada de negociação salarial do setor de moagem e torrefação de café. O local da reunião foi a FIEP (Federação patronal das Indústrias) e participaram representantes dos sindicatos de trabalhadores de Cianorte, Umuarama, Apucarana, Arapongas, Paranaguá, Castro, Ponta Grossa, Dois Vizinhos, Jaguapitã, Curitiba e da FTIA PR, que coordenou a bancada dos trabalhadores. Como em todas as negociações os patrões reclamaram dos números apresentados pelos sindicalistas e decidiram  marcar uma nova reunião que será realizada também na sede da FIEP em Curitiba.


Panificação

O setor de panificação também já começou a discutir os índices de reajuste salarial para os trabalhadores e trabalhadoras da categoria. A primeira reunião entre trabalhadores e empresários foi realizada nesta semana na FIEP em Curitiba. Participaram representantes dos sindicatos de trabalhadores de Apucarana, Arapongas, Castro, Ponta Grossa, Umuarama, Cianorte, Dois Vizinhos, STIP Curitiba, Paranaguá e da FTIA.

Em todas essas negociações o que ficou evidente é que, sem a mobilização dos trabalhadores fazendo pressão dentro das fábricas, os patrões não irão aceitar as reivindicações que lhes foram apresentadas pelos sindicatos. Por tanto, cabe a todos nós iniciarmos a discussão nos locais de trabalho para que, junto com os nossos sindicatos, tenhamos êxito em mais essa luta.