TRABALHADORES (AS) DA AVÍCOLA
GLOBOAVES DE CASCAVEL (PR) ENCERRAM GREVE
Sindicato e empresa entram em
acordo e põem fim
ao movimento grevista
Rui Amaro Gil Marques
Assessoria de Comunicação da FTIA PR e sindicatos
filiados
Após 2 dias de paralisação dos funcionários (as) da
avícola Globoaves de Cascavel, sudoeste do estado, decidiram por acatar a
decisão do sindicato SINTIACRE, representante da categoria, que aceitou a
proposta apresentada pela direção da empresa de reajuste salarial, piso e cesta
básica e, desta forma voltaram ao trabalho pondo fim a greve na tarde desta
terça-feira (04).
Inicialmente os trabalhadores reivindicavam um piso
salarial de R$935,00, cesta básica de R$130,00 e reajuste de 9% para os demais
salários fora do piso. Em contra partida
a empresa apresentou a proposta de R$850,00 de piso, cesta básica de R$130,00 e
reajuste de 8,5% para os demais salários fora do piso acrescentado de uma ajuda
escolar de R$50,00 para os trabalhadores com filhos com idade até 14 anos
devidamente matriculados na rede escolar.
Essa proposta foi posta em discussão pelo sindicato a todos os
trabalhadores grevistas e não grevistas, sendo aprovada por aclamação apesar
dos protestos de alguns líderes do movimento que discordaram desse
encaminhamento do sindicato. Para eles
somente os que decidiram entrar em greve é que deveriam decidir.
Assédio Sexual
e Assédio Moral
Dentre reclamações apresentadas pelos
trabalhadores, principalmente pelas trabalhadoras, estão o assédio moral
utilizado pelos encarregados dos setores para conseguir o aumento da
produção. A Globoaves abate diariamente
140 mil aves.
O assédio sexual também é constante dentro da
empresa segundo as trabalhadoras, que se dizem obrigadas a ceder as “cantadas”
de alguns encarregados. Caso não aceitem afirmam que sofrem perseguições dentro
da empresa. O que tem gerado um mal
estar geral porque já foram feitas várias reclamações para a gerência e para o
sindicato e, até o momento, nenhuma ação foi tomada para coibir esses abusos.
O sindicato explica que todas as denuncias
recebidas foram encaminhadas ao Ministério Público e que sempre tem cobrado da
empresa uma solução para esses problemas. “Não estamos de braços cruzados. O
sindicato tem feito o possível para defender essas trabalhadoras e coibir
abusos”, afirmou a presidente Sonia Maria.
FGTS não depositado
Outra reclamação dos trabalhadores é o de a empresa
não estar fazendo os depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS). Muitos têm procurado o sindicato
para reclamar. A presidente do SINTIACRE
Sonia Maria confirma essas informações e afirmou que a assessoria jurídica do
sindicato já tomou as medidas legais para garantir que os direitos de todos os
trabalhadores sejam respeitados pela empresa.
A gerência da Globoaves informou que a empresa passa por um período de
crise causada pela alta dos preços da ração, mas que já se comprometeu em
resolver todas as pendências com os seus funcionários. Para os 2 mil
funcionários da empresa isso não justifica o desrespeito contra os seus
direitos garantidos por lei.
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