segunda-feira, 18 de março de 2013

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO INICIA FISCALIZAÇÃO DE AVÍCOLAS E FRIGORÍFICOS NO PARANÁ


MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PREPARA FISCALIZAÇÃO DOS FRIGORÍFICOS DO PARANÁ. UMUARAMA É UMAS DAS PRIORIDADES DA FORÇA TAREFA.

NR DOS FRIGORÍFICOS – FTIA PR/CONTAC/CUT participa de Audiência Pública do Ministério Público do Trabalho em Curitiba

Evento reunião empresários do setor frigorífico, Procuradores do Trabalho, auditores do Ministério do Trabalho e sindicalistas

Força Tarefa da Procuradoria do Trabalho e Ministério do Trabalho irá realizar fiscalização em todas as empresas frigoríficas do Paraná a partir do segundo semestre de 2013

SEIA PARTICIPOU DO EVENTO E JÁ SE PREPARA PARA FISCALIZAR FRIGORÍFICOS DE
 UMUARAMA E REGIÃO



Na foto, Ernane Garcia, presidente da FTIA PR e demais autoridades 


Rui Amaro Gil Marques
Secretaria de Comunicação da FTIA PR


Com a presença de sindicalistas, empresários do setor de frigoríficos e membros do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho e Emprego foi realizada nesta quinta-feira (07 de março) no Auditório do Ministério Público do Trabalho da 9 Região em Curitiba Audiência Pública sobre a adoção da NR dos Frigoríficos.

O evento organizado pelo Ministério Público do Trabalho da 9 Região em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego teve como meta conscientizar os empresários do setor frigorífico das mudanças que deverão promover para adequar suas empresas de acordo com as novas exigências aprovadas através da Norma Regulamentadora 36 que trata exclusivamente do setor.

Autoridades presentes – Procurador Geral do Trabalho Dr. Luis Antonio Camargo de Melo, Dr. Altino Pedroso dos Santos – vice-presidente da 9 Região, Dr. Helder Ivens Natali – Coordenador Nacional de Adequação das Condições de Trabalho em Frigoríficos,  Paulo Roberto Stori – OCEPAR e Ernane Garcia – Presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado do Paraná/vice-presidente da CONTAC e Dr. Sandro Sardá – Procurador do Ministério Público do Trabalho e Coordenador da Força Tarefa dos Frigoríficos.
O presidente da FTIA PR (filiada a CUT) e vice-presidente da CONTAC, Ernane Garcia falou aos empresários e demais participantes do evento que a NR do setor é uma necessidade uma vez que os trabalhadores têm enfrentado situações adversas com riscos à saúde, acidentes, lesões, mutilações e mortes. Ernane também explicou que os sindicatos e Federação irão fiscalizar a adoção da NR pelas empresas e que os empresários devem fazer a sua parte.

O Procurador do Ministério Público do Trabalho, Dr. Sandro Sardá avisou que a Força Tarefa de Fiscalização do Setor Frigorífico estará visitando as empresas do Paraná a partir do segundo semestre deste ano. “A fiscalização será dura então cabe aos senhores empresários irem promovendo mudanças e resolvendo os problemas pendentes em suas empresas. Estamos aqui reunidos no sentido de alertá-los para que mais tarde não sejam surpreendidos com multas e outras punições”, enfatizou o procurador.


O presidente do SEIA, Adenilson do Amaral (Zinho), esteve presente a Audiência Pública representando os trabalhadores dos frigoríficos de Umuarama e região e acredita que muitos frigoríficos e avícolas serão multados pela fiscalização do Ministério Público do Trabalho. “A situação de muitos frigoríficos esta irregular e os empresários do setor que insistirem em atuar na ilegalidade descumprindo a NR dos Frigoríficos serão alvos de multas pelo Ministério Público do Trabalho. De nossa parte já estamos nos preparando para fazer a nossa parte, ou seja, vamos intensificar a nossa atuação nos frigoríficos de Umuarama e da região de acordo com as orientações do Ministério Público do Trabalho. A NR garante aos sindicatos esse poder de fiscalização, o que não era permitido anteriormente”, acentuou.

Sindicatos presentes: Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Apucarana, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Arapongas, Sabaudia e Rolândia, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Cianorte e Região, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Cascavel, Sindicato dos Empregados nas Indústrias de Alimentação de Umuarama, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Toledo, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes, Laticínios, Rações Balanceadas e Derivados, Pratos Prontos e de Alimentação de Castro e Carambeí, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Dois Vizinhos, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Fco Beltrão, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Marechal Cândido Rondon, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Jaguapitã, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Frigoríficas, Laticínios, Rações e Alimentação de Ponta Grossa, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Medianeira e Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Curitiba e Região Metropolitana.  

sexta-feira, 1 de março de 2013

DIA INTERNACIONAL DA MULHER – UMA HISTÓRIA DE LUTAS, CONQUISTAS E SUPERAÇÃO


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Nessa semana em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher achamos importante relembrar um pouco da história do movimento e da luta feminina por igualdade e respeito. Apesar de muitas conquistas, as mulheres ainda sofrem com abusos domésticos, sexuais e com a desigualdade e os notíciários vivem cheios de noticías absurdas de estupro, abuso e violência contra mulheres. Ainda há muito a ser feito e todas as terças-feiras do mês de março mostraremos à vocês ações bacanas e dicas de como tomar parte em projetos e apoiar à causa feminina.
Diante das comemorações atuais da data esquecemos o real motivo pela qual ela foi criada e da importância de nos conscientizarmos à respeito e impedir que isso continue acontecendo. Sim, apesar das significantes melhoras, as mulheres ainda estão em grande desigualdade no mercado de trabalho em relação aos homens (saiba mais: 1 e 2) e ainda são vitímas de atos cruéis e muitas vezes inacreditáveis (aqui).
Foi um ato desses que deu origem às comemorações do dia 8 de março. Em março de 1857 operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque fizeram uma grande greve, reivindicando melhores condições de trabalho como: redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência e elas foram trancadas dentro da fábrica que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas num ato totalmente desumano.
Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. O objetivo era honrar as lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir o sufrágio universal em diversas nações.
Um artigo muito bacana no site Revista Escola da Editora Abril resume bem a linha do tempo da luta feminina desde então:
Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiram ainda mais protestos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então), quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra – em um protesto conhecido como “Pão e Paz” – que a data consagrou-se.
Somente mais de 20 anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 1960, o movimento feminista ganhou corpo, em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o “8 de março” foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.
“O 8 de março deve ser visto como momento de mobilização para a conquista de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi alcançado em diversos países”, explica a professora Maria Célia Orlato Selem, mestre em Estudos Feministas pela Universidade de Brasília e doutoranda em História Cultural pela Universidade de Campinas.
No Brasil, as movimentações em prol dos direitos da mulher surgiram em meio aos grupos anarquistas do início do século 20, que buscavam, assim como nos demais países, melhores condições de trabalho e qualidade de vida. A luta feminina ganhou força com o movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e 30, que conseguiram o direito ao voto em 1932, na Constituição promulgada por Getúlio Vargas. A partir dos anos 1970 emergiram no país organizações que passaram a incluir na pauta das discussões a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e a saúde da mulher. Em 1982, o feminismo passou a manter um diálogo importante com o Estado, com a criação do Conselho Estadual da Condição Feminina em São Paulo, e em 1985, com o aparecimento da primeira Delegacia Especializada da Mulher.

Apesar de todas essas conquistas e de um longo caminho percorrido, igualdade e respeito ainda são metas distantes para a maioria das mulheres. Por isso a importância de conscientização nesse dia. Nas próximas terças-feiras  mostraremos aqui como você pode ajudar à causa e participar mais ativamente nesse processo de conquistas e transformação da nossa sociedade. Fique de olho