Centrais sindicais saem insatisfeitas de negociação sobre isenção do IR em partipação sobre lucro
Rui Amaro Gil Marques
Assessoria de Comunicação do SEIA/FTIA PR.
Fonte: Agência Brasil / Foto: Jose Cruz/ABr
As centrais sindicais ontem (21 de março) saíram sem uma resposta do governo federal sobre a isenção do Imposto de Renda (IR) na participação sobre lucros e resultados (PLR), depois de reunião com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva, classificou como “lerdo” o processo de negociação governamental.
“O que existe é um processo de negociação. Nós achamos que esse processo é muito lento e, por isso, tem uma série de manifestações que começaram hoje e seguem nos próximos dias. [...] Não anda [a negociação], não avança. Por isso, vamos colocar os trabalhadores na rua, para pressionar o governo a tomar medida”, disse.
A isenção da incidência do Imposto de Renda na PLR é uma das principais reivindicações dos trabalhadores. “Estamos em um processo de fortalecimento do mercado interno. Tem de ter mais renda e a forma [de promover isso] é isentando a PLR de Imposto de Renda, que foi criada para incentivar a produção e o resultado da empresas", declarou, acrescentando ainda que de 20% a 30% da distribuição dos lucros acabam ficando nas mãos do governo com a declaração do IR.
Os sindicalistas também cobraram a criação do grupo de trabalho para analisar o impacto das desonerações sobre a seguridade social e querem mais representatividade dos trabalhadores na apresentação de propostas sobre mudanças na política econômica e sobre desindustrialização.
Na próxima semana, os representantes das centrais sindicais voltam a se reunir com os ministros para discutir medidas para o setor automotivo e a desoneração da folha de pagamentos. A resposta do governo sobre a isenção do Imposto de Renda sobre a PLR e o abono deve sair em 15 dias.
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